domingo, 3 de abril de 2011

Rasteira do tempo

"Hoje não acelerei o passo, hoje não me apressei, hoje esqueci do relógio, hoje vivi cada segundinho precioso. Faz tempo que isso não acontecia. Em geral,ficamos presos ao tempo; tempo pra isso, tempo praquilo, escravos que somos, do relógio, do trabalho, das responsabilidades, tensão, stress e corre-corre constante. E o pior é que isso se dá até quando não trabalhamos, porque se tornou um hábito, um mau hábito. Hoje, porém, não corri ; surpreendentemente deixei o tempo pra lá, nem olhei pro relógio...que se dane ! O curioso é que não houve premeditação - não quis esquecer do tempo, não quis sentir o que senti; quando percebi, já era ! Escorreguei das imposições dele, paguei meu resgate. E, olha, foi muito bom, já tinha me esquecido disso; esquecido de ser feliz sem hora marcada, sem ter de refletir os "porquês" e os "quando". Fui ali, acolá e mais além...sem tempo. Essa "revolução de costumes" tem nome de gente; essa atitude "impensada" é reflexo de entregas e retornos. É fato que também mudamos quando nos vemos impossibilitados de ser infelizes. É isso ! achei o que queria dizer o tempo todo: neste momento, amigos, estou incompetente pra ser infeliz."

Márcio Reis

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